quinta-feira, 30 de julho de 2015

Escadas para sítio nenhum


Miguel subiu as escadas até à Lua, antes de acordar. A decepção de voltar ao mundo real deixou-o logo de mau humor, mas conseguiu controlá-lo, ao ver que dia era. Levantou-se de um pulo, olhou para o relógio, calculou quanto tempo tinha antes de o Sol despontar verdadeiramente, e correu para a banheira.

O duche rápido foi mais rápido do que o habitual, e com a pressa em sair do hotel ia-se esquecendo da mala. Mas a excitação era justificável: nem todos os dias se podia explorar umas Escadas.

Estruturas impossíveis, as Escadas já existiam antes da Humanidade, e limitavam-se a mudar de aspecto de forma a melhor encaixarem no ambiente que as rodeava. Só existiam em...

Aqui o manuscrito encontra-se ilegível. As páginas seguintes estão desaparecidas ou demasiado danificadas, e não só por causa da deterioração normal. Quem quer que tenha pegado nisto antes de mim, fez uma bela merda. E tanto quando eu sei, não deixou registos. Bah.

Como saber se estas Escadas eram as mesmas estruturas que andam a ser descobertas em vários pontos do planeta? A autora do livro, Sandra Faria, não podia ter um nome mais genérico, o que dificulta ainda mais as coisas. E Escadas é um mau título. Enfim.

Tenho que sair daqui e procurar noutro sítio. Talvez até investigar a estranha estrutura que foi descoberta em Lisboa, e que talvez seja uma destas Escadas...

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Rui Bastos. Com tecnologia do Blogger.