Ele salta, ele corre, ele consegue evitar o obstáculo e ele marca golo! É GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO-
"A sério?"
-OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLOOOOOOOO!!!
"Tu alguma vez me vais ajudar?"
Já te ajudei. Ajudei-te a descobrir essa malfadada cruz que agora seguras bem alto e contemplas com os teus olhos escuros a indicar uma dose massiva de idiotice. Suspiras, por motivos que escapam a qualquer pessoa minimamente racional, e encolhes os ombros, como quem se resigna. O que era de esperar, já que és um perdedor.
"Vamos para casa."
Caminhas apressadamente para casa, no teu passo feminino e para lá de ridículo. Consegues ultrapassar a maior parte das pessoas na rua, numa espécie de corrida ridícula em que és o único participante que tem consciência que participa. Chegas a casa, entras, atiras a cruz de prata para cima da mesa, sem qualquer cuidad-
"Não sejas assim."
... atiras a cruz de prata para cima da mesa, com um super cuidado super cuidadoso, como se fosses um elefante a tentar pintar um ovo de codorniz.
"Tens sempre que exagerar? Podias ser mais simpática."
Tu é que pediste. E és tu que agora te sentas no sofá, completamente estafado.
"Por acaso. Mas não me faças dormir."
De certeza?
"Sim."
Diz ele, antes de fechar os olhos e começar a ressonar bem alto. Idiota.
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